
Um novo mapa dos criadouros do mosquito da
dengue começou a ser traçado em Belo
Horizonte.
Nesta segunda-feira (15), 1.200
agentes de combate
a endemias estiveram em campo percorrendo as
ruas da cidade em busca de larvas do inseto.
O trabalho se repetirá pelas próximas duas semanas
até que
35 mil imóveis, distribuídos nas nove regionais da
capital,
sejam vistoriados. Os dados recolhidos farão parte
do
Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti
(LIRAa),
que pretende identificaras regiões com maior chance
de
ocorrência da doença.
“Essa atividade é importante porque os resultados
norteiam
a ação do poder público,mostrando em quais áreas
temos
que intensificar o trabalho de prevenção”, afirmou
o secretário municipal de saúde, Marcelo
Teixeira.
A expectativa é de que os dados consolidados do
LIRAa
sejam divulgados na primeira quinzena de novembro.
Embora os números de casos de dengue estejam
diminuindo
na cidade, Teixeira disse que o alerta permanece,
diante da
proximidade do período chuvoso e pelo novo
de vírus (DEN4) que está em circulação na capital.
“O problema é que as pessoas que já
estiveram doentes
e desenvolveram imunidade ao mosquito da dengue
voltam
a ficar susceptíveis ao Aedes aegypt”, observou.
Seis casos
do DEN 4 já foram confirmados, neste ano, em Belo
Horizonte.
Visita
Nesta segunda, ruas do bairro Pompeia, na região
Leste,
foram alvo de agentes do LIRAa. Nas visitas
realizadas
aos imóveis, o principal problema encontrado foi a
água acumulada
em recipientes, por causa da chuva do fim de
semana.
Na casa da aposentada Solange Aparecida Menezes não
havia larvas,
mas a piscina de plásticocom água e as latas
deixadas no quintal,
devido a uma reforma, poderiam se transformar em
criadouros do mosquito.
“A nossa recomendação é que você tire cinco minutos
do seu dia para
jogar essa água fora, porque basta poucos dias e
poucos
milímetros de água para que a larva se
desenvolva”,
advertiu o agente Bruno Guarnaz.
Segundo a encarregada de controle de zoonoses
da
Secretaria Municipal de Saúde,Sueli de Fátima
Facundo,
pratos de planta, caixas d’água e inservíveis como
sacolas
plásticas, potes de iogurte e até mesmo uma casca
de ovo
jogados no quintal também são focos de dengue
em potencial.
“Nas casas onde encontrarmos larvas, encaminharemos
o material
para análise em laboratório.Se for confirmado que é
uma larva do
Aedes, retornaremos ao imóvel para reforçar as
orientações”, disse Fátima.
Na casa do representante comercial Luiz Carlos
Corrêa,
nenhum desses objetos foi encontrado.“Sou muito
consciente e,
embora tenha muitas plantas no quintal, evito
colocar prato de água
e tomo muito cuidado para não acumular água”,
disse.
O problema para ele é que nem todos os vizinhostêm
a mesma preocupação.
“Não adianta eu fazer a minha parte se eles
não fizerem a deles”, lembrou.
FONTE:
HOJE EM DIA